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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Agora chega!

Eu bem que tentei ficar calado, não me meter.
Mas estava recebendo há mais de 3 anos e-mails diários, tentando me convencer
dos rumos perigosos que as coisas iriam tomar se não se fizesse nada.
Sempre dava uma resposta educada, curta, mas esclarecendo que em democracia
é preciso se conviver com os contrários e respeitar as diferenças.
Até porque política, futebol e religião, não se devem discutir.
Eu disputei uma única eleição na vida. Em 1980, para a diretoria do SATED/SP.
Fiz parte da chapa que foi derrotada. Tive colegas ilustres nesta chapa.
Fiz amigos até entre alguns integrantes da chapa que nos venceu. Amigos que
reconheceram a lealdade da disputa.
Naquela época, a mais grave acusação que se poderia fazer a alguém era de que
"era financiado por Moscou".
Eu também fui acusado de ser financiado por Moscou.
Sabem qual foi a minha reação diante da primeira acusação? Na hora, nada.
No bar, quando íamos todos para o café, fiz questão de pagar, dizendo:
- Recebi a grana de Moscou ontem, portanto deixa comigo...
Nunca mais tiveram a audácia de repetir uma acusação tão estúpida.
E seguiu a vida.
3 anos depois tive que me mudar para o Rio de Janeiro. Um novo começo.
Em São Paulo não tive mais espaço para trabalhar...
Eu vim para o Rio, primeiro sosinho, para trazer minha família, esposa e 3
filhos pequenos, quando pudesse.
Algumas datas são inesquecíveis. Dia 25 de março de 1983 fui admitido em
uma empresa de dublagem, a Herbert Richers.
Visitava São Paulo nos finais de semana porque tinha que dar assistência aos
que lá tinham ficado. Viajava de madrugada para dormir também.
No dia 20 de julho de 1983, portanto 3 meses e meio depois da minha
admissão, fui a São Paulo para trazer minha família, definitivamente.
Sempre tive posições políticas claras e nunca as escondi.
Fui patrulhado, sim, em 1989. Eu não "collori". Simplesmente dizia que meu
candidato a presidente era Leonel Brizola.
No segundo turno, tive que votar em Lula. Perdemos.
Eu partilhava uma sala na Herbert Richers com outros diretores de dublagem e,
logo após a confirmação da vitória de Collor de Melo, entrou um colega,
conhecido humorista (coitado!) que batalhou muito por Collor para comentar,
olhando firmemente para mim:
- Agora esses comunistas vão ver o que é bom. Vão para o olho da rua...
Eu continuei trabalhando e até escalando esse infeliz.
Mas a vida seguiu. Eu passei por outras empresas, continuei trabalhando como
diretor de dublagem e ator, ofício que desempenho desde 1967,68, ininterruptamente.
Em 2005 tive um sério problema de saude, que me afastou um pouco da roda viva.
Perdi o contato direto diário com muitos colegas. A internet veio suprir esse contato.
Mesmo assim, alguns eu ainda vejo pessoalmente ou vem à minha casa.
Há os que trocam e-mails quase que diários, o que muito me orgulha.
Há os que professam a mesma fé. Sabiam que também professo uma fé?
Futebol também nunca foi meu forte, mas torço, sim.
Enfim, uma vida normal, né? Também continuo gostando de uma cervejinha.
Isso nunca foi escondido de ninguém. Foi até propagado por mim mesmo.
Lembro até de uma brincadeira que fiz uma vez. No horário de almoço, comprei de
um ambulante um copo de "cerveja fake". Era um copo que se ameaça atirar o conteudo
para qualquer lado e o mesmo continuava no copo.
Adentrei o estudio da Sumara, que estava dirigindo a dublagem da qual eu participava,
e coloquei o copo ostensivamente, simulando estar já alterado. Lembro até hoje da reação
da minha amiga Sumara. Espantou-se de como eu tinha entrado na empresa portando um
copo de bebida alcoólica.
Na continuação, dublei normalmente e disse que iria agora à secretária do Herbert, a Helena.
E quebrei a cara porque ela disse que "já tinha sabido que era brincadeira minha".
Mas, voltemos ao que interessa.
São 3 anos ou mais recebendo e rechaçando e-mails políticos, inclusive os favoráveis ao
governo.
Aí, no orkut, começam a chegar pedidos de amizade de "politicos".  Recuso e respondo
que não quero amigos políticos, sejam de que partido for.
No facebook a mesma coisa. Também recuso e digo porque.
Não quero amizade de pretendentes a cargos eletivos. Porque, no final das contas, SÓ
ESTÃO INTERESSADOS NO MEU VOTO.
Recebi semana passada e-mail, também destinado a mais "n" pessoas me convocando para
uma VIRADA CONTRA O PT.
Quem me mandou? Um dos muitos colegas que nunca se interessaram por mim desde 2005.
E que, coincidentemente, tinha me mandado e-mail dois dias antes pedindo voto para sua
nora.
E-mail que também respondi, educadamente, dizendo que não aceito mensagens desse tipo
e solicitando que não mais as enviasse. E-MAILS POLITICOS NÃO.
Para surpreza minha, veio a resposta de que não tenho memória, porque ele me ensinou a
fazer esquemas, me ajudou e ensinou como se dirige dublagem. Ora, se sou Ator e Diretor
de dublagem reconhecido pelo Ministério do Trabalho desde 1979, como poderial alguém
que me conheceu só em 1986 ter me ensinado?
Responder diretamente só iria me aborrecer mais. Das acusações que me fêz a mais grave
foi que eu não conseguia falar durante a dublagem (por estar bêbado).
Enfim, considerações que não tem que ser levadas a sério. A única constatação é a de que
o que interessava mesmo era o MEU VOTO.
Um amigo a menos? Esse NUNCA foi e, pela resposta, provou.
Meu voto vale tanto assim?  Quando disputei eleições no SATED/SP, consultei o universo
a ser considerado: os associados do SATED/SP.
Quem disputa eleições agora considera outro universo: O Brasil.
Brasil, do qual eu também faço parte.
Então, estou disposto a dar minha contribuição.
Quero examinar todos os candidatos.
Tem um que vem fazendo campanha subliminarmente há mais de 3 anos. Vem se apresentando
como "o mais preparado", "o mais ético", "mais realizador", e não sei o que mais.
Esse NÃO TERÁ MEU VOTO DE JEITO NENHUM.
Mas continuarei não trabalhando para candidato/a nenhum/a.
A não ser que a provocação seja muito grande.
Por enquanto, só perdi um "amigo", que nem amigo era. Portanto não perdi nada.
Quem não pode perder é o Brasil. País no qual vivo e trabalho.
E sempre trabalhei, nem sempre com governos com os quais concordasse.
Alguns até impostos.

domingo, 1 de agosto de 2010

Aguias de Fogo.

Uma notícia que me salvou o domingo, a semana, o mês, o ano... enfim: uma noticia que me deixou
muito feliz.
Não sei o dia em que irá ao ar o episódio que filmei. Sei apenas que a série foi totalmente recuperada.
Pelo menos é essa a informação que saiu no jornal hoje.
Vou ser claro.
Li hoje que o canal Brasil vai apresentar a série AGUIAS DE FOGO, de 1967, que foi produzida para
a TV Tupi.
Eu filmei um unico episódio. Claro, estava começando a carreira. Mas esse episódio marcou toda a
minha vida profissional.
Sim, porque quando quiz saber como iriam fazer para colocar minha voz nas imagens que estavam sendo
filmadas, o diretor Peninha disse:
- Não se preocupe, vai ser tudo dublado.
Imediatamente pensei: - Como vão me dublar? Eu quero ser ator inteiro, não pela metade. Se colocarem
outra voz em mim, o que vai ser da minha carreira?
E insisti para me dublar.
Dia marcado, lá estava eu no estudio, compenetradíssimo.
Até que o diretor de dublagem, Garcia Netto, me chamou e disse que era minha vez.
De cara, não queria aceitar dizer o que ele me pedia. Usei como argumento que não era o que tinha dito
na filmagem.
Fui vencido pelo que ele disse. "-Diga o que está escrito e pronto".
Não foram poucas as tentativas para gravar. Foram mais de uma dezena, com certeza.
Até que o diretor Garcia Netto colocou a mão no meu ombro e disse, bem sério:
-"Meu filho, faça um favor prá todos nós; fique fazendo só teatro porque dublagem você nunca vai
conseguir".
Fui embora com aquilo entalado na garganta...
Mas procurei aprender. Fui então para a AIC, que era a maior dubladora do Brasil na  ocasião.
Fiz um teste, o saudoso Older Cazarré me deu oportunidades e...
Bem, fiz carreira também na dublagem.
O Garcia Netto? Nos encontramos na mesma AIC, tempos depois, quando ele foi reintegrado à casa.
E eu estava escalado para um fixo num seriado chamado "Viagem ao Fundo do Mar". O seriado seria
dirigido por ele.
Não lembro se já contei aqui, mas foi o início de uma amizade com o Garcia Netto, que durou até o
falecimento dele.
Para quem quizer ver os episódios de AGUIAS DE FOGO, informo:
Canal Brasil, segundas feiras às 20,30 horas; horário alternativo: terças às 15,30 horas.
Tudo a partir de 02 de agosto.
Pra mim, vai ser divertido ver a minha cara ainda mocinho... apesar da saudade que também irei sentir
de tantos e tão queridos amigos que já se foram...
A voz que está sobre minha imagem?  Sabem que não sei de quem foi?

Um recorte -

Aguardem-me após o carnaval. O Brasil vai começar a trabalhar e eu também. Eu já tenho projetos. Alguns ligados a teatro, outros ligados à nova atividade: o audiolivro. Quem sabe o que poderá dar samba?

Francisco Jose em: As Primeiras Dublagens no Brasil

A seguir uma relação de filmes que dublei (os principais),

O Incidente", mais ou menos em 1972. Dublei o ator Tony Musante. Este filme foi considerado o filme da década por uma das academias de cinema dos EUA (60/70) por ter sido filmado quase que inteiramente num vagão de metrô. Tony Musante e Martin Sheen deram um verdadeiro show de interpretação. A dublagem foi dirigida por Ezio Ramos e eu e Gervásio Marques tivemos elogios em tabela pela dublagem . Voltei a dublar o ator Tony Musante 3 ou 4 depois em outro longa metragem, "Os Violentos vão Para o Inferno". Que SENHOR ATOR! "O Incidente" foi dublado na AIC. "Os Violentos Vão Para o Inferno" na Odil-fonobrasil. "Amor Entre Ruinas" e "O Mercador de Veneza". Fõram 2 longas metragens, dublados um logo após o outro, ambos estrelados por Sir Lawrence Olivier. Foi feito teste de vozes para a dublagem de Sir Lawrence e eu ganhei, mesmo com a controvérsia da época. Muitos achavam que eu era muito novo para fazer a voz do ator que então já estava com mais de 60 anos... e eu nem 40 tinha. Dublagem feita na Álamo, sob a direção de Raymundo Duprat. Em 1977 mais ou menos. O desafio maior foi fazer Shakespeare em dublagem, sendo fiel em tudo, do texto às intenções. Aí começou a minha fase na Herbert Richers. Vou citar só os principais, desobedecendo inclusive a ordem cronológica. "Robin Hood de Chicago", Frank Sinatra; "Doze Homens e Um Destino", ; "Uma Cilada Para Roger Rabbit", Christopher Lloyd. Os seriados: "Thunderkats", "Silverhawks", "Os Ursinhos Gummi", "Twin Peaks", "Contratempos" e varios outros. Como diretor de dublagem, na Herbert Richers, vale destacar: "Henry V", "Cuidado com as Gemeas", todos os LMs "Loucademia de Policia", "Duck Tales", "Uma Linda Mulher", "Aventureiros do Bairro Proibido", "Operação Dragão", "Teddy Ruxpin"... fôram quase 20 anos. Na VTI, dirigi o primeiro ano do seriado "Arquivo X", "Deep Space Nine" e "Os Novos Intocáveis". Na Cinevideo dirigi: "Como se Fosse a Primeira Vez", "Histeria", "A Agenda do Meu Namorado", etc.. Muito mais coisas foram feitas, mas a memória não permite que a gente se lembre de tudo. Enumerei apenas os trabalhos que acho mais relevantes. Pode ter escapado algum; ou não. Não consegui ver nada relacionado a "O Incidente", mas esse filme é antigo, da década de 60, não deve estar na internet.... Em todo o caso, trata-se de 2 marginais que aprontam num vagão do metrô... Francisco José

Alguns filmes que dirigi

  • Alguns filmes que dirigi

Uma Linda Mulher - 1990 - Dublado - parte 1

1- Loucademia de policia

histeria 2 (serie TV)

Duck Tales Vender ou não Vender eis a questão parte 1

Uma Silada para Roger Rabbit

Twin Peaks - Episodio Finale (8/10

Os Aventureiros do Bairro Proibido - Chamada (Trailer)

A Agenda Secreta do Meu Namorado - Trailer

Teddy Ruxpin

The Incident (1967) - Part 10

5- The Incident (1967) - Part 10 6-Silverhawks
10 - Série "Águias de Fogo" (nacional 1967) - Episódio O Imprevisto         Recorte  - Um joguinho pra você "Joguinho Atirador de bolas" fonte : http://templateseacessorios.spaces.live.com
13- 15  -      

Silverhawks

OPERAÇÃO DRAGÃO -TRAILER - DUBLADO

thundercats

Os Ursinhos Gummi O segredo do suco 0202_parte01

O Mercador de Veneza

- O Conde De Monte Cristo Dublado Parte 2

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